30/09/2014

PASSEIO PELA HISTÓRIA DO ESPIRITISMO

Passeio Histórico sobre o Espiritismo: Rue de Vaugirard
Allan Kardec morou na Rue de Vaugirard por cerca de 4 anos, até 1832. Durante parte desta época, manteve o Instituto Técnico Rivail e dedicou-se a escrever livros didáticos, já tendo lançado seu primeiro livro com apenas 20 anos de idade.

OBRAS PÓSTUMAS - A ALMA

Professor Rivail. Sempre atual.

02/08/2014

O PERISPÍRITO

OBRAS PÓSTUMAS
O PERISPÍRITO COMO PRINCÍPIO DAS MANIFESTAÇÕES
9. Os Espíritos, como já foi dito, têm um corpo fluídico, a
que se dá o nome de perispírito. Sua substância é haurida
do fluido universal ou cósmico, que o forma e alimenta,
como o ar forma e alimenta o corpo material do homem. O
perispírito é mais ou menos etéreo, conforme os mundos e
o grau de depuração do Espírito. Nos mundos e nos Espíritos
inferiores, ele é de natureza mais grosseira e se aproxima
muito da matéria bruta.
10. Durante a encarnação, o Espírito conserva o seu
perispírito, sendo-lhe o corpo apenas um segundo envoltório
mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos
a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja
por ocasião da morte.
O perispírito serve de intermediário ao Espírito e ao
corpo. É o órgão de transmissão de todas as sensações.
Relativamente às que vêm do exterior, pode-se dizer que o
corpo recebe a impressão; o perispírito a transmite e o Espírito,
que é o ser sensível e inteligente, a recebe. Quando o
ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito
quer, o perispírito transmite e o corpo executa.
11. O perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo,
como numa caixa. Pela sua natureza fluídica, ele é
expansível, irradia para o exterior e forma, em torno do
corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a
força da vontade podem dilatar mais ou menos. Daí se segue
que pessoas há que, sem estarem em contacto corporal, podem 

achar-se em contacto pelos seus perispíritos e permutar a seu mau 
grado impressões e, algumas vezes, pensamentos, por meio da intuição.
12. Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o
perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos
psicológicos e, até certo ponto, nos fenômenos
fisiológicos e patológicos. Quando as ciências médicas tiverem
na devida conta o elemento espiritual na economia do
ser, terão dado grande passo e horizontes inteiramente novos
se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão
a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios
de combatê-las.
13. Por meio do perispírito é que os Espíritos atuam sobre
a matéria inerte e produzem os diversos fenômenos
mediúnicos. Sua natureza etérea não é que a isso obstaria,
pois se sabe que os mais poderosos motores se nos deparam
nos fluidos mais rarefeitos e nos mais imponderáveis.
Não há, pois, motivo de espanto quando, com essa alavanca,
os Espíritos produzem certos efeitos físicos, tais como
pancadas e ruídos de toda espécie, levantamento, transporte
ou lançamento de objetos. Para explicarem-se esses
fatos, não há porque recorrer ao maravilhoso, nem ao
sobrenatural.


HOMENAGEM À ALLAN KARDEC

 
Rua Sala, em Lyon, França, onde esteve edificada a casa onde nasceu Allan Kardec.
Em primeiro plano a placa em homenagem ao codificador do Espiritismo oferecida pelos espiritas franceses.
Foto Ismael Gobbo

OS ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL


O BEM E O MAL



O TRABALHO PARA OS ESPÍRITOS


26/06/2014

DEUS E O UNIVERSO 1

37. O Universo foi criado ou existe de toda a eternidade como Deus?
— Ele não pode ter sido feito por si mesmo; e se existisse de toda a eternidade, como Deus, não poderia ser obra de Deus.
Comentário de Kardec: A razão nos diz que o Universo não poderia fazer-se por si mesmo, e que, não podendo ser obra do acaso, deve ser obra de Deus.
38. Como criou Deus o universo?
— Para me servir de uma expressão corrente: por sua Vontade. Nada exprime melhor essa vontade todo-poderosa do que estas belas palavras do Gênese: “Deus disse: Faça-se a luz., e a luz foi feita”.

DEUS E O UNIVERSO 2

39. Podemos conhecer o modo de formação dos mundos?
— Tudo o que se pode dizer, e que podeis compreender, é que os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço.
40. Os cometas seriam, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em vias de formação?
— Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar na sua influência. Quero dizer, influência que vulgarmente lhe atribuem; porque todos os corpos celestes têm a sua parte de influência em certos fenômenos físicos.
41. Um mundo completamente formado pode desaparecer, e a matéria que o compõe espalhar-se de novo no espaço?
— Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.
42. Podemos conhecer a duração da formação dos mundos; da Terra por exemplo?
— Nada te posso dizer, porque somente o Criador o sabe; e bem louco seria quem pretendesse sabê-lo, ou conhecer o número de séculos dessa formação.

16/06/2014

TÚMULO DE ALLAN KARDEC

O túmulo de Allan Kardec no cemitério Père-Lachaise em Paris é o mais visitado por pessoas de todo o mundo e também o mais florido da França. Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, França, *03/10/1804 — Paris, +31/03/1869) Professor, pedagogo e escritor francês. Pseudônimo de Allan Kardec - Codificador do Espiritismo (Doutrina Espírita).

VIAGEM ESPÍRITA EM 1862

No livro "Viagem Espírita em 1862", nas páginas 44 e 45, Allan Kardec cita as três categorias de adeptos à Doutrina Espírita e que ser um espírita praticante é o que mais lhe agrada.

14/05/2014

11/05/2014

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Q. 558 A 560


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo (Espírito da Verdade, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5).

O LIVRO DOS ESPÍRITOS Q. 35 E 36 - ESPAÇO UNIVERSAL


35. O Espaço universal é infinito ou limitado?
“Infinito. Supõe-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que vos achais que podereis compreendê-lo.”
Supondo-se um limite ao Espaço, por mais distante que a imaginação o coloque, a razão diz que além desse limite alguma coisa há e assim, gradativamente, até ao infinito, porquanto, embora essa alguma coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria Espaço.
36. O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço
universal?
“Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.”

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Q. 585 A 591


I – Os Minerais e as Plantas
585. Que pensais da divisão da Natureza em três reinos, ou ainda em duas classes: os seres orgânicos e os seres inorgânicos? Alguns fazem da espécie humana um quarto reino. Qual dessas divisões é a preferível?
— Todas são boas: isso depende do ponto de vista. Encarados sob o aspecto material, não há senão seres orgânicos e seres inorgânicos; do ponto de vista moral, há, evidentemente, quatro graus.
Comentário de Kardec: Esses quatro graus têm, com efeito, caracteres bem definidos; embora pareçam confundir-se os seus limites. A matéria inerte, que constitui o reino mineral, não possui mais do que uma força mecânica; as plantas, compostas de matéria inerte, são dotadas de vitalidade; os animais, compostos de matéria inerte e dotados de vitalidade, têm também uma espécie de inteligência instintiva, limitada, com a consciência de sua existência e de sua individualidade; o homem, tendo tudo o que existe nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial ilimitada(l) que lhe dá a consciência do seu futuro, a percepção das coisas extra-materiais e o conhecimento de Deus.
586. As plantas têm consciência de sua existência?
— Não. Elas não pensam; não têm mais do que a vida orgânica.
587. As plantas têm sensações; sofrem, quando mutiladas?
— As plantas recebem as impressões físicas da ação sobre a matéria, mas não têm percepções, por conseguinte, não têm a sensação de dor.
588. A força que atrai as plantas, umas para as outras, é independente da sua vontade?
— Sim, pois elas não pensam. É uma força mecânica da matéria que age na matéria: elas não poderiam opor-se.
589. Certas plantas, como a sensitiva e a dionéia, por exemplo, têm movimentos que acusam uma grande sensibilidade e em alguns casos uma espécie de vontade, como a última, cujos lóbulos apanham a mosca que vem pousar sobre ela para sugar-lhe o suco, e à qual ela parece haver preparado uma armadilha para matar. Essas plantas são dotadas da faculdade de pensar? Têm uma vontade e formam uma classe intermediária entre a natureza vegetal e a animal? Constituem uma transição de uma para a outra?
— Tudo é transição na Natureza, pelo fato mesmo de que nada é semelhante, e no entanto tudo se liga. As plantas não pensam e por conseguinte não têm vontade. A ostra que se abre e todos os zoófitos não têm pensamento: nada mais possuem que um instinto natural e cego.
Comentário de Kardec: O organismo humano nos fornece exemplos de movimentos analógicos, sem a participação da vontade, como as funções digestivas e circulatórias. O piloro se fecha ao contato de certos corpos para negar-lhes passagem. O mesmo deve acontecer com a sensitiva, nu qual os movimentos não implicam absolutamente a necessidade de uma percepção, e menos ainda de uma vontade.
590. Não há nas plantas, como nos animais, um instinto de conservação que o leva a procurar aquilo que lhes pode ser útil e a fugir ao que lhes pode prejudicar?
— Há, se o quiserdes, uma espécie de instinto; isso depende da extensão que se atribua a essa palavra; mas é puramente mecânico. Quando, nas reações químicas, vedes dois corpos se unirem, é que eles se afinam, quer dizer que há afinidades entre eles; mas não chamais a isso de instinto.
591. Nos mundos superiores as plantas são, com os outros seres, de natureza mais perfeita?
— Tudo é mais perfeito; mas as plantas são sempre plantas, como os animais são sempre animais e os homens sempre homens.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Q.597 A 600


597 Se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria? 
– Sim, e que sobrevive ao corpo. 
597 a Esse princípio é uma alma semelhante à do homem? 
– É também uma alma, se quiserdes, depende do sentido que se dá a essa palavra; mas é inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem tanta distância quanto há entre a alma do homem e Deus. 
598 A alma dos animais conserva, após a morte, sua individualidade e a consciência de si mesma?
– Sua individualidade, sim, mas não a consciência de seu eu. A vida inteligente continua no estado latente.
599 A alma dos animais tem a escolha de encarnar em um animal em vez de outro?
– Não; ela não tem o livre-arbítrio.
600 A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, estará, depois da morte, na erraticidade, como a do homem?
– É uma espécie de erraticidade, uma vez que não está mais unida ao corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e age de acordo com sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. A consciência de si mesmo é o que constitui o atributo principal do Espírito. O espírito do animal é classificado após sua morte pelos Espíritos a quem compete essa tarefa e quase imediatamente utiliza- do; não há tempo de se colocar em relação com outras criaturas.

06/05/2014

LIVROS DA CODIFICAÇÃO ESPÍRITA

Livros da Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, 1857; O Livro dos Médiuns, 1861; O Evangelho segundo o Espiritismo, 1864; O Céu e o Inferno, 1865; A Gênese, 1868. Obras que complementam o Pentateuco da Doutrina Espírita: O que é o Espiritismo, 1859 e Obras Póstumas, 1890.

PLURALIDADE DOS MUNDOS

55-Todos os globos que circulam no espaço são habitados? 
– Sim, e o homem da Terra está longe de ser, como pensa, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Entretanto, há homens que se julgam superiores a tudo e imaginam que somente este pequeno globo tem o privilégio de ter seres racionais. Orgulho e vaidade! Acreditam que Deus criou o universo só para eles. 
✧ Deus povoou os mundos com seres vivos, todos convergindo para o objetivo final da Providência. Acreditar que só existem seres vivos no planeta que habitamos seria colocar em dúvida a sabedoria de Deus, que não faz nada inútil. A cada um desses mundos Deus deve ter dado uma destinação mais séria do que divertir as nossas vistas. Nada, aliás, nem pela posição, nem pelo volume, nem pela constituição física da Terra, pode razoavelmente fazer supor que seja a única a ter o privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de mundos semelhantes.

19/04/2014

18 DE ABRIL - DIA NACIONAL DO ESPIRITISMO

Foi numa manhã de 18 de abril que, na Galeria D'Orleans, na bela Paris, França, o honorável Allan Kardec levou a público a obra basilar da Doutrina Espírita -- "O LIVRO DOS ESPÍRITOS" -- e, de certa forma, oficializou o Espiritismo, o que resulta considerarmos esta data simbolicamente como o dia oficial de aniversário da nossa amada Doutrina.
Por isso, aproximamo-nos de mais uma data festiva para todos nós espíritas. E como o ano de partida foi o de 1857, contabilizamos então 156 anos de Doutrina Espírita.
Aqui no Brasil, 18 de abril é legitimamente declarado "Dia Nacional do Espiritismo", conforme Decreto Lei 291/2007, de autoria da Deputada Federal pelo Ceará, Gorete Pereira, aprovada em 2007, por ocasião das comemorações do primeiro centenário de "O LIVRO DOS ESPÍRITOS" e, por conseguinte, do Espiritismo.
No ensejo de mais um aniversário, convém uma reflexão: a respeito de o quanto o Espiritismo tem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade.

18/04/2014

REVISTA ESPÍRITA, OUTUBRO DE 1862

                O que deve ser a História do Espiritismo

   A propósito dessa história, sobre a qual dissemos algumas palavras, muitas pessoas nos perguntaram o que ela compreenderia e, a respeito, nos enviaram diversos relatos de manifestações. Aos que julgaram assim trazer uma pedra ao edifício, agradecemos a intenção, mas diremos que se trata de algo mais sério que um catálogo de fenômenos espíritas, encontrado em muitas obras. Devendo o Espiritismo notabilizar-se nos fastos da Humanidade, será interessante para as gerações futuras saber por que meios ele se terá estabelecido. Será, pois, a história das peripécias que tiverem assinalado os seus primeiros passos; das lutas que tiver enfrentado; dos entraves que lhe terão suscitado; de sua marcha progressiva no mundo inteiro. O verdadeiro mérito é modesto e não busca fazer-se valer. É preciso que a posteridade conheça os nomes dos pioneiros da obra, daqueles cujo devotamento e abnegação merecerão ser inscritos em seus anais; das cidades que marcharam na dianteira; dos que sofreram pela causa, a fim de que os abençoem, e dos que fizeram sofrer, para que orem, para que sejam perdoados; numa palavra, de seus verdadeiros amigos e de seus inimigos, confessos ou ocultos. A intriga e a ambição não devem usurpar o lugar que lhes não pertence, nem um reconhecimento e uma honraria que lhes não são devidos. Se há Judas, forçoso é que sejam desmascarados. Uma parte não menos interessante é a das revelações que, sucessivamente, anunciaram todas as fases dessa nova era e os acontecimentos de toda ordem, que as acompanharam.
   Aos que acharem presunçosa a tarefa, diremos que não temos outro mérito senão o de possuir, por nossa posição excepcional, documentos que não estão na posse de ninguém, e que se acham ao abrigo de quaisquer eventualidades; que, estando o Espiritismo sendo chamado a desempenhar um grande papel na História, importa que seu papel não seja desnaturado, e opor uma história autêntica às histórias apócrifas que o interesse pessoal poderia engendrar.
   Quando aparecerá? Não será tão cedo e talvez não em nossa vida, pois essa obra não se destina a satisfazer a curiosidade do momento. Se dela falamos por antecipação, é para que ninguém se equivoque quanto ao seu objetivo e deixar clara a nossa intenção. Aliás, o Espiritismo está debutando e muitas outras coisas haverão de acontecer até lá; e, depois, é preciso esperar que cada um tenha tomado o seu lugar, certo ou errado.

Allan Kardec – Revista Espírita, outubro de 1862.